domingo, 6 de maio de 2012

Não tem título por que não passam de frases soltas


Dormir para calar as vozes da mente.

É muito duro se dar conta de que é só mais um na multidão. De que as pessoas podem ser felizes sem você.

Talvez eu deva desacelerar. Talvez eu deva me voltar ao propósito pelo qual cheguei até aqui.

Mas a vozinha me diz que eu vou me tornar cada vez mais solitária. Pavor. Pânico.

Meu coração está em pânico.

Talvez eu deva levar as coisas menos a sério, mas... Se bem me lembro, foi a intenção no começo. Talvez decidir não levar as coisas a sério tenha sido o princípio de toda a ruína.

Construí um reinado inteiro empilhando cartas de baralho: Quanto maior eu penso que ele fica, mais frágil eu sei que se torna.

É também difícil aceitar que as pessoas são diferentes de mim. Que não pensam como eu. Que tem objetivos diferentes.

Pela primeira vez na vida, me sinto triste por saber que não há volta. Máquina do tempo, é tão preciso que te inventem!

Dormir para calar as vozes da mente.

Mas há trabalho a ser feito. Dormir não está nos planos.

Coração bate apertado no peito. Como daquela vez em que quase morri. O silêncio da casa me permite ouvi-lo.

Talvez estejam falando mal de mim. Talvez não. Talvez entendam o que se passa aqui dentro. É, definitivamente... Não.

Talvez eu deva desacelerar. Dormir para calar as vozes da mente. Eternamente.

2 comentários:

  1. eu tenho feito mil coisas para calar essas vozes também. Belo texto, adorei mesmo!

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  2. Ô de casa, estou passando pra tirar a teia de aranha e desejar uma ótima quarta para você FER. Saudadonas.
    Gostei do título do texto
    E do texto também.
    Abraço tá?

    Murillo :]

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